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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Notícia - Brasil pode levar 20 anos para universalizar saneamento básico

QUINTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2011

O secretário nacional de Saneamento Ambiental, Leodegar Tiscoski afirmou nesta quarta-feira que o país precisa investir R$ 420 bilhões, nos próximos 20 anos, para universalizar o saneamento básico no Brasil. Os recursos seriam aplicados em abastecimento de água, no esgotamento sanitário, na drenagem urbana e na coleta e destinação dos resíduos sólidos.

A declaração foi dada durante o Congresso Brasileiro de Desenvolvimento Humano, promovido pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara e pela Academia Brasileira de Filosofia.

Tiscoski disse que oito milhões brasileiros ainda não têm água tratada em casa, e é preciso eliminar 1500 lixões em todo o país. "Futuramente o saneamento será preventivo, mas hoje é curativo. Temos que eliminar essa chaga que é o esgoto não tratado, a céu aberto. Até 2014 o governo federal deve destinar R$ 85 bilhões para esse setor. O investimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está principalmente nas grandes concentrações urbanas, os três estados que mais receberão recursos são São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas todos os estados estão sendo contemplados, de acordo com a densidade populacional", ressaltou.

Reciclagem
Com relação à política de reciclagem, o secretário nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério, afirmou que foram criados criados cinco grupos de trabalho, no contexto da logística reversa, que envolvem cinco cadeias produtivas, entre elas, as de embalegens em geral; de eletroeletrônicos e descarte de medicamentos. A ideia é que os setores apresentem ao governo uma proposta de logísitca reversa, que é o caminho de volta do resíduo colocado no mercado. A partir da lei, todo o fabricante, importador, distribuidor e comerciante são obrigados a fazer a logística reversa do resíduo daquele produto pós-consumo ou das embalagens dos produtos. "Esperamos o acordo setorial seja concluido no primeiro semestre de 2012".

Silvério apresentou dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, segundo a qual cerca de 50% do municípios do pais dispõem seus resíduos em lixões; 23% dispõem em aterros controlados (um misto entre aterro sanitário e lixão, que não é a laternativa correta), e 27% jogam seus resíduos em aterros sanitários, que é a forma técnica correta. "Ainda temos uma grande parte dos municípios que dispõem seus resíduos de forma inadequada. Por outro lado, 58% dos resíduos gerados e coletados vão para aterros sanitários, o que é uma boa notícia. As grandes cidades, de uma forma geral, tem essa situação resolvida. Mas a reciclagem é muito pequena. Preciamos de dois esforços, um no sentido de implantar os aterros sanitários, e o outro para fazer a coleta seletiva no país", declarou.

Fonte:

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Notícia - Aprovada supressão de vegetação para obras da BR-408

 QUARTA-FEIRA, 28 DE SETEMBRO DE 2011

Durante a reunião plenária desta terça (27 de setembro), foi aprovado, em primeira discussão, o projeto de lei que prevê a supressão de vegetação de preservação permanente, visando iniciar as obras de duplicação e restauração da BR-408, entre os municípios do Recife, Jaboatão dos Guararapes e São Lourenço da Mata.

O deputado Daniel Coelho, do PSDB, votou contra a matéria, de autoria do Poder Executivo. Segundo ele, a proposta deveria ter sido encaminhada com mapas cartográficos para favorecer a análise da área a ser suprimida. 

Fonte: 

 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Notícia - Relator diz que Código Florestal aprovado na Câmara 'é muito ruim'

TERÇA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2011

O senador Jorge Viana (PT-AC), relator do projeto de lei que revisa o Código Flrorestal na Comissão de Meio Ambiente do Senado, afirmou na noite desta segunda-feira (26) que o texto da nova lei aprovado na Câmara dos Deputados 'é muito ruim".

Viana participou de um debate sobre o tema promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), ao lado do também senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e do advogado André Lima, mestre em política e gestão ambiental pela Universidade de Brasília (UnB).

"O texto que veio da Câmara é muito ruim para o país, para um país que quer se firmar como uma potência ambiental e até mesmo para um país que quer se firmar como potência mundial", disse Viana.

O projeto do novo Código Florestal foi aprovado no último dia 21 pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) no Senado. O texto, já aprovado na Câmara, ainda precisa passar por mais três comissões do Senado antes de ir ao plenário da Casa. Se for alterado, deve voltar para análise dos deputados.

O relator do projeto na CCJ foi o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC). Na análise de Viana, mais mudanças ainda precisam ser feitas no texto antes de ele ser votado no plenário do Senado, o que ainda não tem previsão para ocorrer.

"Por enquanto, as mudanças que o senador Luiz Henrique apresentou são importantes, mas têm mudanças importantes que ele assumiu o compromisso de incoporar. Nos próximos dias, o Senado vai estar explicitando que caminho quer pegar na modificação do texto que veio da Câmara", afirmou.

Na Câmara, o texto foi aprovado em maio em meio a polêmica e bate-boca. Deputados da base aliada aprovaram um emenda que permitia aos estados legislar sobre a conservação de áreas rurais, o que contrariou a orientação do governo. Na CCJ, os senadores examinaram apenas a constitucionalidade do texto, e não o mérito.

De acordo com Viana, um dos principais problemas do Código é quanto à questão de áreas florestais, que estariam, na análise do senador, sendo tratadas de forma diferenciada.

"O atual código enxerga a cidade como uma extensão da área rural e quem está na cidade não enxerga o Código Florestal. Eu sou da forma que não podemos separar. O texto também é muito carente na ação da floresta. O Brasil não conseguiu ainda encontrar uma forma de recuperar o passivo ambiental", afirmou.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Rodrigo Rellemberg, afirmou que o debate ainda precisa ser feito para que se chegue a um texto que seja aplicável. "De nada vai nos adiantar aprovar um texto que não tenha efetividade", disse.

Fonte:

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Notícia - CPRH conscientiza comunidade escolar sobre importância de se preservar a Mata Atlântica

 SEGUNDA-FEIRA, 26 DE SETEMBRO DE 2011

A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) promoveu neste dia 23, na Escola Municipal Dr. Eudes Sobral, localizada no Refúgio de Vida Silvestre Matas do Sistema Gurjaú (RVS Gurjaú), administrado pela CPRH, o fechamento do "Projeto Mata Atlântica: estudo, conheço, quero bem!", o qual foi intitulado Dia "D". As atividades do projeto vêm ocorrendo desde o início do ano letivo e objetivaram fazer com que a comunidade escolar local compreendesse a importância de se preservar os remanescentes de Mata Atlântica.

Esta foi a oportunidade para os estudantes apresentarem o conteúdo apreendido. Para isso, utilizaram música, teatro, histórias, fantoches, textos de cordel, pintura e uma maquete. Jadson da Silva e Gustavo Monteiro, ambos do 5°ano, disseram que não vão mais jogar lixo ou caçar animais da floresta. "Agora sabemos que não vivemos mais sem a mata", resumiram os alunos. "Foi um verdadeiro despertar. Acordar esta consciência que estava adormecida. Descobri que a Mata Atlântica abriga muito mais plantas e animais do que os que eu conhecia", confessou a professora Melânia Lima.

Além das apresentações dos alunos, houve contação de histórias. As aventuras da "Verdinha Vira-Vira", a árvore que se transforma em peixe, sabiá e finda como páginas de um livro (texto da CPRH) conseguiu deixar o público atento. A cartilha Verdinha Vira-Vira e o jogo Aprendendo sobre Florestas, produzidos pela CPRH, foram distribuídos a todos os participantes. As crianças ainda assistiram ao vídeo Guardiões da Biosfera - episódio Mata Atlântica e fizeram uma atividade interativa, na qual respondiam se era "fato" ou "boato" as informações do filme replicadas pelas professoras.
 
O Refúgio de Vida Silvestre Matas do Sistema Gurjaú possui 1.077 hectares e está localizado na divisa dos municípios de Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Moreno. Constitui-se no maior remanescente de Mata Atlântica da Região Metropolitana do Recife. Sua missão é proteger, conservar e interagir com as comunidades do entorno.

Fonte:
Núcleo de Comunicação Social e Educação Ambiental - NCSEA
Agência Estadual de Meio Ambiente - CPRH

sábado, 24 de setembro de 2011

Notícia - Projeto cria programa para pagamento por serviços ambientais

SÁBADO, 24 DE SETEMBRO 2011

A Câmara analisa a criação do Programa Nacional de Compensação por Serviços Ambientais e de um fundo específico, previstos no Projeto de Lei 1274/11, do deputado Onofre Santo Agostini (DEM-SC).

A compensação por serviços ambientais é uma política de desenvolvimento sustentável que busca remunerar atividades de preservação, conservação ou recuperação de rios, matas, entre outros, realizados pelos povos das florestas. Estas atividades são, genericamente, classificadas como serviços ambientais. O objetivo é impedir a devastação, permitindo que o habitante daquele bioma possa receber uma remuneração, sem precisar devastar o meio ambiente para sobreviver.

Programas estaduais
O parlamentar explica que o projeto é inspirado em programa semelhante já executado pelo governo de Santa Catarina. O governo do Amazonas também possui programa de pagamento por serviços ambientais desde o governo do atual senador Eduardo Braga (PMDB-AM) iniciado em 2003. O autor do projeto faz a ressalva que não há consenso sobre a eficácia do pagamento por serviços ambientais, mas acredita que o projeto possa reacender o debate.

Pelo texto, além da transferência de recursos para a preservação, o programa prevê a prestação de assistência técnica aos projetos e também a identificação das áreas potenciais para a promoção dos serviços ambientais.

Só poderá participar do programa, de acordo com a proposta, quem tiver o projeto aprovado; e comprovar o uso regular do terreno e a formalização de contrato específico. O proprietário deverá comprovar a “essencialidade” de sua atividade dentro do bioma em que está inserido e a importância da sua função ecológica. O prestador de serviço deverá comprovar sua condição social. A violação de qualquer norma contratual implica o fim da compensação devida (recursos monetários, ou não, assistência técnica, pessoal, entre outras possibilidades).

Fundo
A proposta também cria um fundo específico para remunerar o programa. Entre os recursos destinados ao fundo estão dotações orçamentárias, doações, convênios, empréstimos, metade da arrecadação da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental, além de parte dos recursos distribuídos como compensação pela exploração de Petróleo, entre outros.
O texto atribui ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) os valores que serão pagos aos prestadores de serviços ambientais, sendo ouvidos os demais órgãos ambientais.

Atuação 
O programa será dividido em três tipos de atuação: Unidades de Conservação; Formações Vegetais; e Água. O projeto veda que uma mesma área de prestação de serviços ambientais seja incluída em mais de um critério.

O subprograma “unidades de conservação” busca a conservação da biodiversidade ou recuperação de áreas protegidas pela legislação. Será voltado aos residentes dessas áreas, proprietários de reservas particulares ou moradores rurais de corredores ecológicos ou zonas de amortecimento.

Nas áreas classificadas como “formações vegetais”, o objetivo é recompor áreas degradadas com espécies nativas; preservar as paisagens naturais; conservar a biodiversidade necessária para fauna e flora; e proibir a conversão das florestas em zonas agropastoris. Esse subprograma tem como prioridade o atendimento a agricultores familiares, comunidades tradicionais, povos indígenas e assentados de reforma agrária.

Já o subprograma “água” busca minimizar a erosão do solo, proteger bacias ou sub-bacias que abasteçam as cidades; recompor cobertura vegetal das áreas de preservação permanente; entre outros. Serão cadastrados nesse tema projetos de compensação dos ocupantes de áreas situadas em bacias ou sub-bacias hidrográficas, preferencialmente áreas de recarga de aquíferos e mananciais de baixa disponibilidade e qualidade hídrica. 

Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta: PL-1274/2011 

 Fonte: 

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Notícia - Nasa promove competição para incentivar aviões ''verdes"


Preocupada com o meio ambiente, a Nasa vai promover o Desafio do Vôo Verde, um concurso para premiar aviadores dispostos a desenvolver tecnologias que não sejam agressivas. Devem competir aviões movidos a energia elétrica, a biocombustíveis ou que usem tecnologias híbridas.
 
As aeronaves serão avaliadas pelo consumo de combustível, pela velocidade atingida e pelo barulho produzido – quanto mais silenciosa, melhor. Os vencedores levarão um prêmio de US$ 1,65 milhão, o que, segundo a Nasa, é o maior já oferecido numa competição aérea.
 
O avião Seraph usa uma tecnologia experimental (Foto: IKE Aerospace) 
O avião Seraph usa uma tecnologia experimental (Foto: IKE Aerospace)
 
O e-Genius é um modelo de avião que usa energia elétrica (Foto: e-Genius team/Eric Raymond) 
O e-Genius é um modelo de avião que usa energia elétrica (Foto: e-Genius team/Eric Raymond)
 
Fonte:

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

RECICLAGEM DE COURO PARA FABRICAÇÃO DE BLOCOS USADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

QUARTA-FEIRA, 21 DE SETEMBRO DE 2011

A empresa paulista produtos de couro, Couroecol, desenvolveu um processo que permite utilizar o resíduo de couro na fabricação de blocos com melhor isolamento térmico e que podem substituir os blocos convencionais na construção civil, disse Emar Garcia Junior, dono da empresa.

"Fiz um curso de curtume que me abriu a cabeça [para o problema dos resíduos]", lembrou empresário e arquiteto. "Aí comecei a pesquisar maneiras de aproveitar o resíduo".

Segundo Garcia Júnior, só a cidade de Franca, onde encontra-se um dos maiores pólo calçadista do país, são destinados ao aterro industrial local cerca de 100 toneladas por dia de aparas e outros resíduos de couro descartados na fabricação de calçados. Este material contém 17 tipos de diferentes de produtos químicos usados para processar o couro cru e que são destinados a aterros. A maioria destes aditivos são nocivos ao meio ambiente e à saúde.

O chorume dos aterros que recebem os resíduos da industria calçadista e dos curtumes, portanto, carregam estes produtos químicos. Acidentes podem acontecer. Em outubro de 2006, o rio dos Sinos no Rio Grande do Sul, local onde se concentra os cortumes gaúchos, foi contaminado pelo chorume dos aterros da região, provocando a mortandade de 86 toneladas de peixes. Segundo dados da Cetesb de 2005, cada tonelada de couro processado resulta em 2,4 tonladas de resíduos.

O processo desenvolvido pela Couroecol, e que foi desenvolvido com recursos próprios, consiste no trituramento de resíduos da industria e adição de um aglutinante, que neste caso é feito a base de água e não poluente. O aglutinante já foi patenteado pela empresa. O couro vem das aparas e resíduos oriundos da fabricação de calçados, maior parte de Franca, cidade onde se concentra grande parte da indústria calçadista de São Paulo.

A massa resultado deste processo é transferida para moldes, prensada e transferida para o processo de secagem, conhecido como cura. Na prensagem convencional a água contida na massa é retirada pela alta pressão, carregando produtos químicos utilizados no processo de fabricação do couro, entre eles o cromo, o enxofre e o alumínio.

"No nosso processo, paramos de prensar antes de começar a sair água", informou Garcia Junior explicando que o processo visa manter alguns dos químicos, como o cromo, que dão durabilidade ao bloco. "O cromo torna o couro eterno, se você enterrar um sapato ele dura pra sempre". 

Outra diferença do processo convencional de fabricação de blocos de concreto é a secagem natural ao ar livre, o que evita a emissão de gases que ocorre na secagem industrial em fornos. O tempo de secagem dos blocos é em média sete dias, o mesmo tempo requerido na secagem dos blocos de concreto.

Segundo Garcia Junior os blocos da Couroecol são até 50% mais leves que os blocos de concreto e são isolantes térmicos e tem eficiência de 40% no isolamento acústico. O produto tem alta durabilidade, característica adquirida com a adição de cromo ao couro pelos curtumes, disse Garcia Júnior.

Segundo ele, ao utilizar os blocos de resíduos, o custo nas obras diminuirá pois não será necessário fazer os acabamentos convencionais, as paredes podem receber apenas uma camada de massa acrílica para impermeabiliza-las.

O valor do bloco feito a partir de resíduos é o mesmo valor do bloco de concreto, ou seja cerca de R$1. Garcia Júnior disse que para cada bloco de 2,3 kg são necessários 2,3 kg de resíduos para produzi-lo, conclui Garcia Junior.

A Courecol começou a porduzir os blocos há um ano e meio e, por meio de uma parceria, deve fornecer os blocos de couro para construir um refeitório de uma curtidora em Franca. A exportação de couro brasileira alcançou em 2008 o faturamento de US$ 1,88 bilhões. Os maiores estados exportadores do material são São Paulo e Rio Grande do Sul que respondem por 30 e 27% respectivamente do faturamento.

A indústria de couro em si também gera um grande volume de resíduos, efluentes líquidos e poluentes gasosos. Segundo dados da Cetesb de 2005, cada tonelada de couro processado resulta em 2,4 tonladas de resíduo sólido, 120 metros cúbicos de efluentes líquidos e 160 quilos de poluentes atmosféricos, em média.

Os proximos passos são obter certificações que comprovem que o produto final é limpo e buscar uma forma de gerar créditos de carbono com o processo, disse Garcia de Souza. "As minhas expectativas são as melhores pois o déficit habitacional é alto e eu ofereço um produto com menor custo", disse.

Fonte:

Notícia - Comissão do Senado aprova relatório do Código Florestal

QUARTA-FEIRA, 21 DE SETEMBRO DE 2011

O projeto de reforma do Código Florestal foi aprovado nesta quarta-feira (21) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) no Senado. O texto, já aprovado na Câmara, ainda precisa passar por mais três comissões do Senado antes de ir ao plenário da Casa. Se for alterado, deve voltar para análise dos deputados.

O Código Florestal contém a legislação que estipula regras para a preservação ambiental em propriedades rurais. O projeto do Código Florestal, entre outras regras, prevê dois mecanismos de proteção ao meio ambiente. O primeiro são as chamadas Áreas de Preservação Permanente (APPs), locais como margens de rios, topos de morros e encostas, que são considerados frágeis e devem ter a vegetação original protegida. Há ainda a reserva legal, área de mata nativa que não pode ser desmatada dentro das propriedades rurais.

Na Câmara, o texto foi aprovado em maio em meio a polêmica e bate-boca. Deputados da base aliada aprovaram um emenda que dava possibilidade para os estados legislarem sobre produção em  contra a orientação do governo.

Na CCJ, os senadores examinaram apenas a constitucionalidade do texto, e não o mérito. “As emendas apresentadas serão analisadas nas comissões de mérito”, explicou o presidente da comissão, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). São 96 as emendas apresentadas.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentou voto em separado, contestando o relatório de Luiz Henrique. Ele afirmou ser contra  delegar poderes aos estados para legislarem sobre as APPs e reserva legal.

“Compete à União estabelecer normais gerais sobre conservação da natureza e recursos naturais. A superveniência de lei federal suspende a lei estadual”, disse. Para ele, não há justificativa para biomas iguais terem legislações diferentes.

O senador Pedro Taques (PDT-MT) também concordou que o projeto, se aprovado, violará a Constituição. “Temos que decidir se vamos manter o texto e rasgar a Constituição”, afirmou. Na opinião dele, o projeto não trará segurança jurídica. “Teremos milhares de ações contestando. Um processo no Brasil demora 12 anos. E o setor produtivo vai ficar com esta insegurança?” argumentou.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), apontou ainda contradições que o texto traria com relação ao que pode ou não ser mantido como área rural consolidada em topos de morros, encostas e beiras de rio, as chamadas APPs. “O senhor já melhorou muito o artigo 8º (que permite manutenção de áreas de pasto e agricultura em APPs), mas outro artigo prevê a recomposição de pelo menos 15 metros em leitos de rios”, argumentou.

Agora, o projeto segue para a Comissão de Ciência e Tecnologia, depois para a Comissão de Agricultura e finalmente para a Comissão de Meio Ambiente. Só depois será analisado em plenário pels senadores.

Fonte:

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Nóticia - O Movimento Empresarial pela Biodiversidade (MEB) divulga manual de gestão da biodiversidade para empresas

 TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2011
As empresas brasileiras dispõem agora de um guia prático para fazer a gestão da biodiversidade no âmbito dos seus negócios. O Manual de Gestão de Empresas para a Biodiversidade, divulgado na segunda-feira (dia 19) em São Paulo, já está disponível no endereço eletrônico: Movimento Empresarial pela Biodiversidade (MEB), responsável pela difusão de práticas sustentáveis entre empresários brasileiros.

O documento elaborado pelo governo alemão, traduzido com o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e difundido a partir de agora pelo MEB, traz casos de empresas que já incorporaram o uso sustentável da biodiversidade ao seu dia-a-dia. Entre elas, encontram-se as brasileiras Centroflora, que usa extratos botânicos provenientes da flora nacional; a Native, que produz açúcar orgânico em São Paulo e Minas Gerais; e a Klabin, produtora de papel e celulose.

Em comum, essas empresas perceberam que o uso adequado da biodiversidade e dos recursos naturais podem gerar lucros e oportunidades em um mercado cada vez mais atento às práticas sustentáveis.

É o caso da Native, que mantém em Sertãozinho (SP) a usina São Francisco, responsável pelo processo de 1,3 milhão de toneladas de cana-de-açúcar por ano. Em geral, uma usina precisaria moer três vezes mais cana para ser viável economicamente. Como a usina produz açúcar orgânico, com alto valor agregado, ela se viabiliza e gera lucro.

De acordo com a gerente de sustentabilidade da Centroflora, Vânia Cunha Rudge, a incorporação dos aspectos ambientais revelou ser possível entrar em segmentos diferenciados que valorizam a biodiversidade e que estão dispostos a ajudar a manter essa cadeia sustentável. "Os investimentos iniciais são compensados pelos ganhos no médio e longo prazos", diz Vânia. 

Manual - O mérito do novo manual é divulgar medidas pragmáticas para os empresários começarem incluir a sustentabilidade aos sistemas de gestão. Ressaltamos, no entanto, que antes de consultar o manual, a empresa precisa tomar a decisão estratégica de seguir no caminho das boas práticas.

Representante do Instituto Ethos no MEB, Caio Magri, defende ser necessário "tropicalizar" o manual, uma vez que o documento foi formulado para empresários alemães. Segundo Magri, o Brasil tem dificuldades particulares que precisam ser identificadas e discutidas para que se tenha um manual adaptado ao País.

Fonte:  
http://www.mma.gov.br

Parque eólico brasileiro usa tecnologia para evitar morte de aves

TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2011

O Brasil ocupa apenas a 21ª posição no ranking mundial de energia eólica, mas já toma cuidados para evitar um dos mais sensíveis impactos ambientais produzidos pelas hélices gigantes dos aerogeradores: a morte de pássaros.

A instalação desses equipamentos no País exige estudo de avifauna e, mesmo com o vento favorável, as hélices não são colocadas em rotas migratórias de aves. Os Estados Unidos, o segundo no ranking atrás apenas da China, não tomaram o mesmo cuidado e agora veem as pás como ameaça a um de seus principais símbolos, a imponente águia dourada americana.

De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Energia Renovável (ABEER), engenheiro José Tadeu Matheus, como a entrada do Brasil no mercado mundial eólico é relativamente recente, o País incorporou as tecnologias mais modernas para evitar impactos ambientais.

"As pás das nossas centrais têm grandes dimensões, mas o giro é lento e elas são percebidas pelos animais voadores. Os pássaros batem naquilo que não conseguem ver", diz José Tadeu Matheus da Abeer. Além disso, as empresas brasileiras adotam torres de sustentação compactas de aço ou concreto, sem pontos de apoio para a construção de ninhos.
Livre de impactos
O parque eólico brasileiro é composto por 56 centrais com potência total de 1,08 gigawatts - menos de 10% da geração de usina de Itaipu. São cerca de 500 torres, sendo que as maiores têm 108 metros de altura e o giro das pás cobre um diâmetro de 82 metros.

As usinas se concentram no litoral do Nordeste e, em quantidade menor, nos três Estados da região Sul - Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. "Visitei a maioria das centrais brasileiras e não constatei um caso sequer de acidente com aves", diz Mathteus.

O presidente da Abeer, lembra que o tema já suscitou discussões no governo brasileiro. Na preparação de um dos leilões de energia eólica, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, levantou a necessidade de cuidados para evitar a morte de pássaros.

"Na ocasião, eu apresentei ao ministro um estudo publicado pelo professor João Tavares Pinho, da Universidade Federal do Pará, mostrando que esse impacto é baixíssimo.", conclui o ministro.

Fonte:

domingo, 18 de setembro de 2011

Notícia - Comissão aprova incentivo para arborização em municípios

 DOMINGO, 18 DE SETEMBRO DE 2011

Como havia postado no dia 02 de setembro, a Câmara dos Deputados estava analisando um Projeto de Lei (907/11), do deputado Ricardo Izar (PV-SP), que criaria o Selo Árvore do Bem para os municípios com mais de 100 mil habitantes que tiverem, no mínimo, uma árvore por habitante.

Então, a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou esse Projeto na última quarta-feira (14), com algumas emendas.

A concessão do selo dará ao município prioridade na obtenção de recursos federais nas áreas de saneamento, infraestrutura básica, habitação, saúde, educação e transporte. A proposta recebeu parecer favorável do relator, deputado Sarney Filho (PV-MA).

O texto original previa a concessão do selo apenas a cidades com mais de 100 mil habitantes, restrição que foi retirada pelo relator. “Municípios menores também devem ter o direito de usufruir das benesses previstas no projeto, sendo que o fato de ter menos habitantes implicará, obviamente, na necessidade de menor número de árvores na área urbana”, afirmou.

Ele acrescentou a exigência de que serão consideradas apenas as árvores plantadas em vias públicas, como ruas e praças. Além disso, as espécies deverão ser, preferencialmente, nativas da região. Sarney Filho incluiu ainda uma emenda determinando que a contagem da população será feita com base no número mais recente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Ilha de calor
O relator elogiou a proposta, que, segundo ele, pode ter um papel importante na melhoria das condições climáticas das cidades. “Diversos estudos científicos demonstram a ilha de calor que se forma sobre os centros urbanos e o papel desempenhado pela arborização na mitigação desse efeito, ainda mais em tempos de aquecimento global”, disse.

De acordo com a Constituição, a regulamentação dos procedimentos sobre arborização é uma atribuição municipal. O relator, no entanto, alega que o projeto não impõe obrigações aos municípios, apenas concede incentivo à arborização urbana. 

Tramitação
O projeto tramita de forma conclusiva e ainda será analisado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Mais notícias você terá aqui no Área Verde News.

Fonte:

Notícia - Governo traz para Pernambuco a maior usina termelétrica do mundo

DOMINGO, 18 DE SETEMBRO DE 2011

Suape vai ganhar uma planta de energia termelétrica no valor de R$ 2 bilhões. O Governo de Pernambuco e a empresa Star Energy Participações, assinaram o protocolo de intenções para instalação da Térmica Bertin, durante evento realizado no Palácio do Campo das Princesas. Com capacidade de gerar 1.452 Megawatts por hora, a nova unidade será a maior do mundo.

“Escolhemos Pernambuco para fazer o nosso maior empreendimento de energia e maior térmica do mundo. São 1.452 MW, o suficiente para produzir energia para toda a Grande Recife num eventual colapso”, disse Fernando Antônio Bertin, diretor do grupo.

O empreendimento prevê ainda a instalação de um Terminal de Armazenagem de Granéis Líquidos para armazenar o combustível que será utilizado na usina. A expectativa é de que 2.500 empregos, entre diretos e indiretos, sejam gerados quando a unidade entrar em operação, e outros quatro mil sejam abertos durantes as obras.

Após dois anos de construção civil, a termelétrica será a terceira a funcionar em Pernambuco. Sua capacidade supera em muito a soma das outras duas. “Para vocês terem uma ideia, a Suape Energy, outra planta térmica em implantação lá em Suape, tem 380 megawatts e a Termopernambuco tem 530”, comparou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio.

Para o governador Eduardo Campos, o aumento na geração de energia no estado garante o crescimento sustentável do ciclo virtuoso da economia pernambucana. “Na verdade, estamos desafiados a construir uma termelétrica que é a metade da produção de energia da Usina de Xingó, a última hidrelétrica construída ao longo do São Francisco pela Chesf”. A Usina de Xingó possui 3.162 MW de potência instalada.

Fernando Antônio Bertin fez questão de destacar também o apoio recebido do Governo do Estado, que concedeu incentivos de ICMS e 94 hectares para a implantação das plantas (80 hectares no Cabo de Santo Agostinho e 14 na Zona Industrial de Ipojuca). A primeira área vai abrigar a termelétrica e a segunda será destinada à implantação do Terminal de Armazenagem de Graneis Líquidos. “Foi fundamental a recepção que a gente teve do governo. Isso foi determinante para que a gente viesse para Pernambuco”, ressaltou Bertin.

O projeto do Terminal de Armazenagem de Granéis Líquidos está diretamente relacionado ao da Termelétrica, que utilizará óleo combustível, mas permitirá também a movimentação de outros insumos, ampliando a capacidade de armazenagem do Polo de Graneis Líquidos em Suape. “Esse vai operar cerca de 6 mil toneladas/mês de óleo combustível, ou seja, uma movimentação importante para o Porto de Suape”, afirmou Geraldo Júlio, lembrando que o porto pernambucano bateu recordes de movimentação de cargas no mês passado, com mais de um milhão de toneladas transportadas.

Fonte:

sábado, 17 de setembro de 2011

Notícia - Indústria cria rede para apoiar redução de carbono

 SÁBADO, 17 DE SETEMBRO DE 2011

A indústria terá um aliado na definição dos Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima exigidos pela Política Nacional sobre Mudança do Clima. Trata-se da Rede Clima da Indústria Nacional, lançada nesta quarta-feira, 14 de setembro, pela Confederação Nacional da Indústria. A Rede terá o objetivo de aprimorar a articulação do setor para mudança do clima e identificar prioridades, tendências e riscos, além de promover práticas de baixo carbono.

“A Rede terá informações atualizadas sobre as decisões do Plano Indústria, que trará indicadores de redução das emissões de gases de efeito estufa para diversos setores. Isso ampliará a participação de empresários, tanto do Rio Grande do Sul, quanto do Amazonas”, disse o gerente-executivo da Unidade de Meio Ambiente da CNI, Shelley Carneiro.

De acordo com Carneiro, o Plano Indústria deverá ser lançado em 15 de dezembro deste ano pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), conforme estabelecido pelo Decreto 7.390/10. Portanto, deverá receber um diagnóstico com informações da indústria de transformação e bens duráveis, construção civil, extrativa mineral, papel e celulose e química fina para ser incluído no Plano. Entre as contribuições previstas, estão as condições de produtividade, as tecnologias disponíveis e os indicadores de redução de emissão de carbono apropriados para cada segmento.

“Todos esses setores estão incluídos na Política do governo sobre mudança de clima e terão de apresentar planos de mitigação setorizados num prazo muito curto. A Rede proporcionará maior fluxo de informações para que a posição do setor seja incluída no Plano Indústria”, destacou a coordenadora da Rede Clima, Paula Bennati.

A Rede Clima terá a participação de representantes de associação setoriais, federações de indústrias dos estados e empresários, como por exemplo, representantes da Votorantim, Camargo Corrêa, Vale e a ThyssenKrupp - Companhia Siderúrgica do Atlântico. “Além de servir para elaboração dos planos setoriais, a rede receberá contribuições das empresas sobre boas práticas de gestão de carbono e sustentabilidade. As federações terão papel fundamental na articulação com governos estaduais e municipais para passar informações de como é a atuação na questão do clima em cada região”, explicou Paula Bennati.

“A rede é fundamental para fazermos uma discussão sobre a base de cálculo de emissão de carbono da indústria”, afirmou o gerente de Sustentabilidade da Votorantim, David Canassa. “Precisamos ver nesse processo uma oportunidade de sermos mais competitivos, inclusive na redução de custo das obras que podem emitir menos gás de efeito estufa”, destacou Kalil Farran, gerente-executivo de Sustentabilidade da Construtora Camargo Corrêa.

O lançamento da Rede Clima Indústria Nacional ocorreu durante a reunião do Grupo de Mobilização Empresarial sobre Mudança do Clima realizada na sede da CNI. A reunião teve a participação do representante do MIDC Demétrio Filho e da diretora do Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Karen Suassuna. Eles apresentaram as ações para elaboração do Plano Indústria.

“Pretendemos estar neste grupo para levar sugestões que condizem com a realidade do setor. Entendemos a importância do Plano, portanto queremos uma indústria que possa crescer e inovar e estar no contexto mundial de competitividade”, defendeu Shelley Carneiro. “Precisamos decidir com a indústria a metodologia a ser adotada para medição de carbono para ser incluída no Plano”, ressaltou Demétrio Filho. “A CNI é um importante articulador para apresentar quais os desafios do setor na questão do clima”, disse Karen Suassuna.

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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

ARQUITETURA VERDE

 QUINTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2011

Cada vez maias os profissionais do ramos da construção civil estão realizando projetos capazes de aliar o design com a preservação do meio ambiente. Essa é uma prática recente e quem vem ganhando destaque, trazendo para si muitos consumidores interessados em adquirir um imóvel bonito, confortável e também responsável ambientalmente.

Segundo a Wikipédia, é considerada arquitetura sustentável toda forma de arquitetura que leva em consideração formas de prevenir o impacto ambiental que uma construção pode gerar.

Surgida pelos anos de 1970, a arquitetura verde preconiza que uma construção deve alterar minimamente o meio ambiente em que está inserida. Utilizando a maior quantidade possível de elementos de origem natural e garantindo um aproveitamento racional dos recursos necessários para iluminar e ventilar os ambientes; de forma a reduzir os desperdícios nessas áreas. Além disso, a arquitetura sustentável deve preocupar-se com o uso de materiais certificados e que venham de fornecedores legalmente estabelecidos e que professem as mesmas crenças em relação a diminuição dos impactos ambientais e das emissões de gases poluentes. É também freqüente o uso de materiais considerados ecologicamente correto como os reciclados ou os oriundos de projetos sociais. Depois de tudo; ainda há um estudo detalhado de como se portará a construção e de como serão tratados os resíduos gerados por ela; de forma a não afetar (ou reduzir drasticamente esse efeito) no ambiente que circunda o imóvel.
A arquitetura sustentável também tem profunda preocupação com o destino correto dos resíduos gerados na própria obra. Para isso, preconiza que os entulhos oriundos da construção podem ser usados como aterros; na fabricação de tijolos e o restante pode ser reciclado de várias outras formas e aplicado de inúmeras maneiras diferentes. Reduzindo os custos e a necessidade de descarte desses resíduos nos aterros sanitários (ou até pior; de forma errada e perigosa para o meio ambiente). 

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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS – QUAL É O SEU OBJETIVO?


QUARTA-FEIRA, 14 DE SETEMBRO DE 2011

No conceito de análise SWOT, percebe-se que o ambiente organizacional é dividido em quatro partes. Temos no ambiente interno: forças e fraquezas; e no ambiente externo: oportunidades e ameaças. Essa é uma análise feita geralmente pelo setor de marketing, responsável por reconhecer e trabalhar tais fatores em muitas das empresas. Porém no mercado atual, onde aumentou a preocupação na implantação de políticas de preservação ambiental, não somente as organizações estão preocupadas com os resultados das aplicações dessa ferramenta. Os consumidores também fazem, em parte, sua própria análise na hora de decidir quem será o fornecedor de seu produto ou serviço. O que importa para os mesmos não é tão somente aquilo que sai da empresa para suprir sua necessidade, o que está no “ambiente externo”, mas também importa o que acontece dentro da empresa, como suas políticas e práticas de sustentabilidade e preocupação com o bem estar da sociedade, as quais compõem a análise do “ambiente interno” da empresa no ponto de vista do cliente.

É cada vez mais comum vermos empresas que têm como preocupação o investimento em práticas de preservação do meio ambiente, dentro e/ou fora de seus limites físicos. Por sua vêz os dirigentes dessas mesmas empresas, responsáveis pelo planejamento estratégico, orçamentos e também no comando das decisões sobre a mudança na estrutura de seu organograma, erram em delegar tal atividade a departamentos que, algumas vezes, não têm competência nem qualidade para gerir esse tipo de questão. É o caso de, por exemplo, de quando o setor de recursos humanos recebe a missão de implantar melhorias no meio ambiente interno,  atingindo apenas o clima organizacional e a rotina de seus funcionários, realizando decoração com plantas ornamentais, criação de áreas verdes e distribuindo lixeiros seletivos, achando que dessa forma está agregando valor à sua marca em relação ao cliente. Não digo que cuidar do meio ambiente seja algo que não deva afetar a qualidade de vida do funcionário, mas o fato é que este tipo de investimento vai muito além do bem-estar pessoal do colaborador e da beleza paisagística da organização. É algo muito mais complexo e, para que dê visibilidade positiva à empresa, tem que abranger seu ambiente interno e principalmente o externo.

O investimento em meio ambiente deve ter como objetivo afetar positivamente a imagem da organização, que por consequência trará bons resultados econômicos, além de proporcionar a fidelidade dos consumidores, que cuidarão de divulgar a empresa, conseguindo assim aumentar o poder da marca e sua participação no mercado, o qual é objeto de trabalho do setor de marketing, o mais indicado para aplicar tais práticas de sustentabilidade. Mesmo que o ideal seja investir em um outro departamento à parte, integrando a empresa como um todo, com a função de cuidar da gestão ambiental e assim ter mais foco, o que maximiza os resultados. E para que esse retorno venha de forma eficiente é necessário que a empresa tenha em seu quadro de colaboradores bons profissionais, preparados e capazes de aplicar políticas e práticas ambientais de forma eficaz e com visão sistêmica.

Antonio Júnior (100% autoral)